AVISO: VOLTAMOS EM 27 DE JUNHO COM UM NOVO SITE E UM CANAL NO YOUTUBE.

Notícias

Notícias

O Ano de 2014 nos Filmes - Parte 2: Cinema Nacional




O cinema nacional começou o ano trazendo a versão para o cinema de um clássico da televisão brasileira, “Confissões de Adolescente”. Dirigido por Daniel Filho e estrelado por Sophia Abrahão, Isabella Camero, Malu Rodrigues e Clara Tiezzi dão vida as protagonistas do filme. A essência da série está ali para os mais saudosistas porém a única coisa que peca no filme é a sua curta duração. O que vale destacar aqui é que mesmo trazendo uma gama de personagens adolescentes, o longa em momento algum se transforma em uma “Malhação”.

Já na sequencia da comédia “Muita Calma nessa hora 2” se transforma em uma tentativa frustrada de fazer sátiras a cultura pop nacional e o que vemos em cena é uma coletânea de esquetes sem graça.

Tentando pegar carona em “Tropa de Elite”, José Eduardo Belmonte dirigiu o péssimo “Alemão”, um longa irregular e prejudicado por um roteiro raso.

Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini voltam a estrelar um filme juntos depois de 13 anos de “Avassaladoras”, porém nessa novo filme da diretora Cris D’Amato, “SOS Mulheres ao Mar” acaba sendo um filme machista, grotesco e que nada divertido.

Mateus Solano e Fernanda Machado estrelaram o drama de suspense “Confia em Mim”, um longa irregular e problemático, que acerta em alguns momentos porém seu resultado é bem abaixo do esperado.

Sandy, Antonio Fagundes e Marat Descartes protagonizaram o sombrio “Quando Eu era Vivo”, um filme totalmente diferente do que estamos acostumados a ver. Não tendo grandes sustos e sim por momentos de tensão suficientes para não desgrudar os olhos da tela.

O grande destaque do cinema nacional para o ano de 2014 é sem sombra de dúvidas Hoje Eu Quero Voltar Sozinho. Delicado longa independente se transformou em um grande sucesso de público e critica, que teve a chance de representar o Brasil no Oscar. A direção de Daniel Ribeiro e a atuação de Guilherme Lobo e Fabio Audi transformam o filme em uma linda celebração ao amor e a diversidade, sem levantar nenhuma bandeira.

Lilia Cabral, Fiuk e Carolina Dieckmann estrelaram “Júlio Sumiu”, um longa cheio de falhas, roteiro de pouco inspiração em um filme que poderia ter sido bem melhor se aproveitado de outra maneira.

Depois de dirigir “Cidade dos Homens” em 2007, Paulo Morelli voltou a direção em um longa onde amigos enfrentam dramas e segredos do passado. “Entre Nós” tem um grande elenco: Carolina Dieckmann, Caio Blat, Paulo Vilhena, Lee Taylor, Maria Ribeiro, Martha Nowill e Julio Andrade. O longa não chega a ser excelente mas é uma grata surpresa em tempos de comédias sem teor algum.

Quando pensamos que as comédias nacionais não podem piorar, “Copa de Elite” chegou para envergonhar a todos. O filme não traz nada de novo, só o fato de beber da fonte de péssimos filmes como “Super-Heróis – A Liga da Injustiça” e “Inatividade Paranormal”.

A cinebiografia de “Getúlio” só se salva devido a atuação de Tony Ramos, porque de resto é um filme preso em atuações baseadas apenas por impostações vocais, diálogos engessados e encenações de momentos históricos do país.

Stefano Capuzzo Lapietra nos entrega em “A Grande Vitória” um drama esportivo eficiente e com uma lição de moral relevante.

Wagner Moura se desprendeu de qualquer pudor ao viver o personagem principal de “Praia do Futuro”. O longa não é pesado e arrastado, o que pode afugentar algumas pessoas mas o resultado final é algo único. Um belíssimo trabalho tanto de direção quanto de atuação.

“Os Homens são de Marte...E é pra lá que eu Vou” é a prova que mesmo tendo um roteiro um pouco problemático, a comédia aqui não é boba e superficial como as demais. O timing cômico do trio principal é a prova que não precisa de situações escrachadas para arrancar risadas do público.

Leandra Leal, Fabíula Nascimento e Milhem Cortaz surpreenderam a todos no longa de estreia de Fernando Coimbra, “O Lobo Atrás da Porta”, um filme sombrio e dolorasamente humano, onde a inocência parece um crime a ser punido. O grande destaque do filme são as atuações de Milhem Cortaz e Leandra Leal, ambos protagonizam cenas tórridas e momentos de tensão que deixa o espectador em choque.

Leandro Hassum estrelou três comédias ao longo do ano e o que todas tinham em comum: das três, duas eram de péssimo gosto e a terceira era apenas fraca.

“Vestido para Casar” e “O Candidato Honesto” foram a prova que Hassum já está desgastado nas comédias nacionais, onde ele sempre vem com a mesma piada e as mesmas sacadas. Dos dois longas nenhum se salva, são sem graça ao extremo e acabam envergonhando quem está assistindo. O terceiro filme de Hassum estreou agora no fim do mês de Dezembro e é a versão para o cinema do programa que ele tinha na Rede Globo, “Os Caras de Pau”. O filme é divertido, dá pra dar risada porém é a velha formula que só funciona para os menores.

A tentativa de levar a cinebiografia de Paulo Coelho pro cinema em “Não Pare na Pista” não faz jus à vida e obra de seu protagonista e decepciona em todos os sentidos.

Bruno Gagliasso e Regiane Alves estrelaram “Isolados”, um fraco e bagunçado suspense sem ritmo algum e recheado de clichês do gênero, esse longa falhou de forma colossal.

Já a cinebiografia de Tim Maia, “Tim Maia”, conta bem a incrível trajetória do polemico cantor, mesmo não possuindo um estilo convencional que pouco tem a ver com seu protagonista.

Regina Casé e seu “Made in China” mesmo tendo as falhas óbvias, o longa é eficiente no que se propõe e dialoga com seu público alvo de maneira honesta, sem jamais ridicularizá-lo ou trata-lo com desdém.

Outra cinebiografia que não impressiona foi a de “Irmã Dulce”, um irregular estudo de personagem que acaba encontrando obstáculos ante suas próprias pretensões.

Aqui é a prova de outra comédia onde NADA deu certo, “O Casamento de Gorete”, é uma constrangedora obra que aspira a ser uma comédia.

Deborah Secco nos surpreende no belíssimo “Boa Sorte’’, uma obra com seus altos e baixos mas que em momento algum deixa de ofuscar o que a obra realmente quer mostrar.

E o último filme nacional do ano, é a comédia de mal gosto “A Noite da Virada”, aqui literalmente parece que eles resolveram chutar o balde e nos entregar o pior longa de comédia de 2014 (sim, ele consegue ser pior que os de Hassum e dos outros que citei aqui.).
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »
Obrigado pelo seu comentário

O melhor do entretenimento