O novo longa da franquia “Cities of Love” é uma bagunça de clichêsO Rio de Janeiro é a cidade do sol, do samba, do carnaval, dos mais belos postais do mundo, etc. Tudo isso nós sabemos de cor e salteado. Não precisávamos de um filme de quase duas horas para ressaltar tudo isso. As histórias envolvendo a cidade maravilhosa são tão piegas e tão desinteressantes que torna o longa quase insuportável de chegar ao final.
“Rio, Eu Te Amo” segue o mesmo molde dos outros filmes da série (Paris, Eu te Amo e Nova York, Eu te Amo). São várias histórias desconexas, dirigidas e escritas por pessoas diferentes, que se desenrolam em uma grande metrópole mundialmente conhecida (aqui nesse caso, o Rio de Janeiro). A única coisa que liga todas as histórias é apenas um sentimento: o Amor.
Seja o amor de família, o amor entre as pessoas ou o amor pela própria cidade.
Como todo o filme que se propõe a usar dessa narrativa, onde a história é desenvolvida por várias pessoas diferentes, acaba acontecendo algo comum: às vezes temos grandes histórias porém que acabam ficando no vazio e não se dialogam entre si ate o final da projeção. A lista dos cineastas escolhidos para fazer parte do filme, é de chamar a atenção: Fernando Meirelles, José Padilha, Paolo Sorrentino, John Turturro, Carlos Saldanha e outros. As histórias apresentadas em Rio, Eu Te Amo por mais que tenham potencial, jamais conseguem atingir em cheio o public, seja pela falta de organização que elas são apresentadas, ou pela falta de identificação com os personagens.
Há um momento no filme que estamos sendo apresentados a história do personagem de Turturro, no qual ele está tendo uma séria discussão com a esposa (Vanessa Paradis) sobre como o casamento deles foi se degradando com o tempo. Não conseguimos sentir qualquer tipo de afetividade com os personagens, para se importarmos com aquela história. Isso não acontece só nessa história, acontece em praticamente em todo o filme. Uma pena que um elenco e diretores consagrados não foram bem aproveitados nessa franquia. Ficou devendo!
Nota: 3/10
Crítica por Marcelo Rodriguez
