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Crítica - Sicario: Terra de Ninguém



As histórias envolvendo o narcotráfico sempre funcionaram para o bem ou para mal. Já tivemos grandes filmes como o premiado “Traffic” e também já tivemos outros longas que chegavam a soar um tanto quanto forçado em seu tema, como é o caso de Escobar: Paraíso Perdido. Porém essa história muda de foco quando estamos falando de um dos filmes mais aclamados de 2015: Sicario – Terra de Ninguém. 


Sicario apresenta a história de Kate Mancer, uma agente do FBI que trabalha em conjunto ao esquadrão antissequestro da SWAT. Graças à sua competência e ao resultado inesperado de uma missão, a agente é chamada para trabalhar em uma divisão nova da CIA que está concentrada em derrubar o mais temido e violento chefão do narcotráfico do cartel da cidade de Juárez, próxima à fronteira México-EUA. Nessa divisão, ela terá que aprender a trabalhar com os agentes Alejandro e Matt que utilizam métodos nada ortodoxos 


Denis Villeneuve é um dos melhores diretores dessa nova safra que Hollywood vem ganhando dos últimos anos. Diretor de três suspenses aclamados pela crítica, podemos já dizer que ele possui um tino cinematográfico, onde suas obras buscam sempre um requinte estilístico visual e sonoro. Assim ousamos dizer que ele já trabalha lado a lado com mestres do gênero como: Hitchcock e David Fincher. 

 
Quem escreveu o roteiro do longa é o estreante Taylor Sheridan, que antes só havia trabalhado como ator na série de sucesso, Sons of Anachy. Sheridan decide não arriscar em um tema novo e acaba explorando um universo já bastante visitado pelo cinema: os cartéis mexicanos. 

 
Porém a maneira escolhida pelo roteirista é bastante falha. A maneira que ele opta por contar a historia da trama pode se dizer que é uma faca de dois gumes. Onde ao mesmo tempo ela cresce na cabeça do espectador, aumentando em todos os sentidos a expectativa, ela acaba se sacrificando e entregando em seu resultado final: uma conclusão média, uma apresentação da personagem da atriz Emily Blunt razoável, uma reviravolta bem previsível e quase nada impactante. Ou seja, apostou-se muito mais no visual do que no roteiro em si. 


Por exemplo, quem está assistindo só vai descobrir o que de fato está acontecendo quando a personagem de Blunt começa a pedir informações para os personagens de Brolin e Del Toro, sendo que isso acontece durante toda as duas horas de filme. A revelação que por muitas vezes acontece no visual aqui é através de um dialogo morno, que não vai surpreender ninguém. Fora que alguns personagens que poderiam render ótimas tramas, acabam simplesmente ganhando um desfecho nada satisfatório, como é o caso do parceiro de Blunt, o agente do FBI Reggie. 

 
Apesar desses problemas encontrado em seu roteiro, o seu elenco é um acerto só. Emily Blunt, adiciona o tom certo para sua personagem Kate. Acompanhamos sua coragem, seu medo, sua fragilidade, sua força, sua segurança e também sua vulnerabilidade. A atuação só não é mais perfeita porque o desfecho de sua personagem é fraquíssimo. 

 
O personagem de Josh Brolin é quase que um personagem cômico diante a situação. A canalhice de seu personagem, Matt, é algo único diante do tom refinado que o ator escolheu para representar. Sua atuação é tão certa, tão na medida, que nem conseguimos reparar que por muitas vezes tanto suas falas quanto as de Blunt são as mesmas. Os dois desenvolvem um jogo de respostas que é unico. 


Mas quem rouba o filme todo para si é Benicio del Toro, que merece sem sombra de duvidas uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante. É o personagem mais desenvolvido, praticamente um enigma humano. Sem falar muito em cena, apenas seu olhar intimador, pavio curto, extremamente ameaçador e genial, assim podemos caracterizar seu personagem. O trabalho apesar de ser muito rico e a trama que está centralizado, mantém o público acordado, porém não esperem algo muito mais do que isso porque não existe. O seu desfecho apesar de agradar, é totalmente previsível. 


“Sicario – Terra de Ninguém” é um filme muito acima da média e que certamente vai surgir na lista dos melhores de 2015. Sheridan tem que se sentir orgulhoso de ter tido o seu primeiro roteiro dirigido por Denis Villeneuve, já que devido ao trabalho impecável do diretor, é quase que impossível reparar na fragilidade que o texto ruim possui. Não só a direção dele salva o filme, o seu elenco é afiadíssimo e nos presenteia com a melhor atuação de Benicio del Toro, nos últimos anos e a trilha sonora composta por Jóhann Jóhannsson, é algo perturbador , que deixa você com os nervos a flor da pele. Não é um filme fácil de digerir e muito menos para qualquer plateia, mas durante suas 2h01, você terá uma grande aula de cinema. 

Nota: 9.5/10
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1 comentários:

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5 de junho de 2018 às 11:49 ×

O filme é excelente! Sicario é um dos melhores do gênero que eu vi até agora. Revisei a trajetória de Denis Villeneuve e me impressiona que os seus trabalhos tenham tanto êxito. No ano passado eu amei Blade Runner por que usou elementos clássicos dos filmes do gênero. Eu li no Blade Runner resumo que foi um filme com muito sucesso. Mais que filme de ação, é um filme de suspense, todo o tempo tem a sua atenção e você fica preso no sofá. Pessoalmente gostei muito da história por que não é tão previsível como outras. É algo muito diferente ao que estávamos acostumados a ver. Se ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza. Para uma tarde de lazer é uma boa opção.

Selamat Unknown dapat PERTAMAX...! Silahkan antri di pom terdekat heheheh...
Balas
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admin
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