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Como The Weeknd se tornou o principal astro de 2015 na música

Se o começo de 2015 foi de Taylor Swift, o ano em si é de The Weeknd. O cantor que há um ano atrás relutava em participar do hit top 10, ‘Love me Harder’ por “Ser o jovem artista que quer fazer tudo sozinho”, hoje abraça o mundo Pop de forma que poucos fizeram no passado.

Tudo começou em 2011, quando o então Abel Tesfaye gravou e publicou três músicas sobre o nome de The Weeknd, escondendo sua identidade. ‘What you need’, ‘The Morning’ e ‘Loft Music’ faziam jus a personalidade imposta pelo cantor até então e impressionaram pelo som escuro e letras pesadas, mais comuns em músicas de Rap. Em 2012 ‘Trilogy’, a coleção de três mixtapes que figurava como seu primeiro trabalho, foi lançada e atraiu a atenção de todos, desde cantores, à críticos e executivos.


Depois de muitas tentativas, o cantor foi persuadido à assinar com a Republic Records e lançou seu primeiro algum de estúdio, ‘Kiss Land’ em 2013. "Não era o tipo de música que as pessoas queriam ouvir” comentou o cantor recentemente sobre o álbum que mais parecia uma continuação de suas mixtapes. Com sua crescente popularidade freada e com uma recepção morna dos críticos, Abel viu os dois maiores contribuintes para sua fama se afastarem.


"Eu estava cada vez mais deprimido" Em uma crise criativa e pessoal, The Wee foi convidado à participar do já citado hit de Ariana Grande, ‘Love Me Harder’. Ele não quis em primeira mão, mas a parceria lhe rendeu seu primeiro top 10, e fez as atenções se voltarem para o que faria a seguir. Após aquilo veio ‘Earned It’, sua participação na trilha sonora de ‘Cinquenta Tons de Cinza’. O single atingiu o top 3 da Billboard e vendeu mais de um milhão de cópias nos EUA. Em maio ‘The Hills’ foi lançada e em junho ‘Can’t Feel My Face’. O resto é história, a mesma que todos acompanhamos maravilhados e esperamos ansiosamente para ver os próximos capítulos

Atualmente o cantor está pela terceira semana consecutiva no topo da Billboard 200 com seu segundo álbum de estúdio, ‘Beauty Behind the Madness’, que teve a segunda melhor semana de vendas de 2015 (atrás apenas da mixtape inesperada do rapper Drake). Seus singles chegaram a ocupar a primeira e segunda posição na Billboard Hot 100 algo que não ocorria para um artista (ou banda) desde 2009 com os Black Eyed Peas, e o cantor inclusive sucedeu a si mesmo esta semana quando 'Hills' tomou o primeiro lugar de 'Face', outro feito que fora Taylor Swift no começo do ano não era visto desde 2008 com T.I. Seu trabalho, agora amplamente conhecido já foi elogiado por todas as áreas da indústria musical, desde os rappers Kanye West e Drake, às cantoras Pop Taylor Swift e Katy Perry, à lendas como Stevie Wonder, e a lista segue. A popularidade não da sinais de que vai parar tão cedo, mas o que torna um cantor tão diferente, tão apelativo? 


A resposta é simples. The Weeknd está se tornando um ícone em tudo que faz. Chega a ser inexplicável, desde sua voz, que evoca Michael Jackson, à suas músicas que falam sobre chamar uma garota de programa depois das 5h30 ('Hills'), à suas performances cobertas por lança chamas no palco, à seu cabelo que mais parece uma fruta e à todos os seus vídeos onde ele caminha a frente de carros que explodem ou se enterra vivo. Tem algo no cantor canadense que faltou a qualquer outro que já foi alçado ao posto de Rei do Pop.


Ne-Yo não teve o apelo popular, Jason Derulo abdicou da qualidade para ter esse apelo, Justin Bieber mostrou mais controvérsias do que quaisquer traços de talento, Chris Brown se tornou um dos piores artistas no cenário musical de hoje e até mesmo Usher não conseguiu ter um trabalho com tanta substância em sua carreira. Justin Timberlake dentre todos é sem dúvidas o mais completo, conseguindo criar um som único e (sempre que se dedica a carreira musical) atraindo imensa atenção do público, mas mesmo assim sua música sofre uma falta de identidade lírica que foi construída em The Weeknd antes da fama aparecer. Abel não precisou ter um visual que atraísse garotas, ou esboçar passos de dança complexos (que ele já provou que é capaz também), ele apenas fez música do jeito que queria fazer, e é aí que mora a genialidade. 



Dentre todos, no entanto, o fator mais importante que falta à quase, se não todos os cantores Pop de hoje é a universalidade. Quando músicas sobre drogas e mulheres, sem uma entonação pejorativa, ou fora de qualquer Rap, conseguiram fazer tanto sucesso? Como todos deviam saber, 'Billie Jean' não falava sobre dançar quando MJ cantava 'Who will dance, on the floor, in the round' e sim sobre fazer sexo com uma mulher que diria que você é o pai do filho dessa criança. Sem querer ofender os demais artistas, mas é um nível de profundidade muito além do que se encontra nas rádios, assuntos pesados demais para fazer sucesso, mas mesmo assim a cria e o criador conseguem manter qualquer tipo de concorrência longe quando estão dentro do seu jogo. É algo que puxa as pessoas para perto, uma música sobre amor e relacionamentos que parece obscura demais, mas ao mesmo tempo atraente o suficiente. 'I'm that nigga with the hair singing bout poppin pills, fucking bitches, living life so thrill' Declara ele em 'Tell Your Friends', e a frase que o representa, também é uma prova de o quão inexplicável é a sua popularidade. Michael Jackson podia ser ouvido por qualquer público, não importando sobre o que falavam as suas letras, e no momento que 'Face' coloca todos para dançar e cantar quando seu assunto principal são os efeitos das drogas, pode se dizer o mesmo de The Weeknd


É uma aposta precoce, abrupta, e de forma nenhuma procura colocar alguém ao nível do imortal Rei do Pop Michael Jackson, mas se o próprio Michael estivesse vivo e tivesse que escolher um sucessor, The Weeknd deveria ser a escolha óbvia. Até onde o cantor pode chegar ainda é uma incógnita, mas seu começo de carreira já é um dos mais bem sucedidos do século 21. 

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