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Crítica - Missão Impossivel: Nação Secreta

 

Quem iria imaginar que quase duas décadas depois a franquia Missão Impossível estaria em um ótimo momento. Se por um lado temos alguns retornos um tanto quanto duvidosos que não funcionaram muito bem (vide o caso de Quarteto Fantástico, O Exterminador do Futuro: Genesis e Hitman: Agente 47), outras franquias viram seu ressurgimento (Jurassic World, Mad Max e no caso Missão Impossível) diante do novo público. Fora que não podemos negar que a indústria de Hollywood está passando por uma crise de criatividade onde qualquer sensação de nostalgia já serve para reacender a velha chama da paixão pela sétima arte. 


Chegamos ao quinto filme da franquia Missão Impossível e podemos dizer que diante tantos retornos, este foi o que mais causou surpresa. Afinal estamos há quase duas décadas acompanhando Ethan Hunt e sua equipe em aventuras pelo mundo todo, porém em Missão Impossível: Nação Secreta estamos vivendo a melhor aventura de toda série. 
 

A história desse novo capítulo está centrada na seguinte premissa: Ethan Hunt (Tom Cruise) é contatado pelo chefão de uma organização criminosa chamada Sindicato. Problemas políticos em Washington fazem com que ele não possa contar com a equipe da IMF (Impossible Missions Force) para ajudá-lo a caçar os integrantes daquela organização. 


O diretor da IMF, William Brandt (Jeremy Renner, dos filmes dos Vingadores) está enredado em burocracia e jogos políticos envolvendo o diretor da CIA (Central Intelligence Agency), Alan Hunley (Alec Baldwin, de Blue Jasmin e da série 30 Rock). Este envolvimento da CIA acaba, também, atrapalhando o agente Benji Dunn (Simon Pegg, de Além da Escuridão – Star Trek) um dos nerds do grupo de agentes. E Luther Stickell (Ving Rhames) deixou de ser agente do IMF. 


Como todo o filme da série, aqui temos um novo diretor e um novo roteirista, saindo do comando Brad Bird e dando lugar para Christopher McQuarrie, que já havia trabalho com Cruise no excelente Jack Reacher – O Último Tiro. Portanto essa troca de diretor dá uma certa cara de reboot nesse novo filme, já que quase nada dos filmes anteriores é citado. Dando assim para Nação Secreta um filme totalmente novo dentro da franquia, como se fosse um recomeço. 


Mudar sempre traz seu lado positivo e para McQuarrie, a mudança que ele deu para a franquia acabou elevando Missão Impossível para um novo patamar. Podendo agora ser comparado a filmes de espionagem como 007 e a franquia Bourne como também ao games atuais como Uncharted, Hitman e até mesmo a série Splinter Cell, já que o diretor abusa das cenas de perseguição e dos saltos. 


Assim como todo filme de terror tem o seu roteiro quase que pré-modulado, os filmes de espionagem também mas o roteiro desenvolvido por Christopher McQuarrie e Drew Pearce nos mostra o quanto preparados eles estavam para esse filme. São reviravoltas impressionantes que conseguem manter presa a atenção do público até o minuto final. 


Tom Cruise que continua esbanjando carisma na pele de um dos agentes secretos mais famosos do cinema. Dispensando a ação de dublês em várias cenas de ação, o astro está em muito boa forma aos 53 anos. Mesmo sabendo que ele é o nome da franquia, Cruise não fica com o bolo inteiro e divide com todos do elenco para cada um ter o seu merecido destaque. O astro em ascensão Jeremy “Gavião Arqueiro” Rainer, convence muito mais como um chefe da IMF do que o agente vivido pelo ator na franquia Bourne. Outro veterano que também não desaponta é Alec Baldwin, como o chefão da CIA. 


Mas os grandes destaques do longa é a presença de quatro atores ingleses: o primeiro é Sean Harris, que está em seu melhor papel no cinema como o sinistro Solomon Lane, o grande vilão do filme. Não tem como descrever a atuação dele, porque é algo fora do normal. Pensem num vilão que com um simples olhar consegue transmitir tudo que ele está sentindo, passando por sua natureza fria e calculista até mesmo ao seu ódio interior. O segundo ator qu merece destaque é o ótimo Simon Pegg, o personagem dele já havia aparecido no filme anterior porém era apresentado como o lado cômico do filme para quebrar os momentos de tensão vividos por Cruise. Nesse filme, Benji, seu personagem consegue por varias vezes roubar as cenas em que está com Cruise e deixar no chinelo o personagem vivido pelo ator Ving Rames, Luther, que está na franquia desde o primeiro filme. 


Mas a bela, grata e surpreendente surpresa vem por parte de uma mulher, Rebecca Fergunson. A atriz sueca de 31 anos não é muito conhecida pelo grande público, esse é o seu segundo filme de destaque, o anterior foi a bomba Hércules e na televisão ela foi a protagonista da aclamada série, The White Queen, no qual foi indicada a um Globo de Ouro. A atriz interpreta a agente Ilsa Faust e consegue fazer com que o público por diversas vezes se pergunte: a agente é do bem ou do mal. Além de claro deixar o público tenso na cadeira para saber qual será o seu próximo passo. 


A fotografia realizada por Robert Elswit é simplesmente maravilhosa. Destacando cada ponto das cidades onde as cenas ocorrem além de um ótimo trabalho feito em uma das sequencias finais. 


Missão Impossível: Nação Secreta chegou de mansinho, sem querer fazer muito barulho e acabou se tornando um arrasa quarteirões nas bilheterias tanto norte-americanas quanto nas brasileiras. Mesmo sendo uma franquia bastante conhecida pelo público, esse novo vigor pegou o público de surpresa e o boca a boca foi muito mais positivo para este aqui do que para os fracasso de Hitman: Agente 47, Quarteto Fantástico e a bomba chamada Pixels. O sucesso foi tanto que uma nova missão já foi encomendada e deve ser gravada no próximo ano. 


Missão Impossível consegue comprovar o velho ditado que panela velha é que faz comida boa diante de tantas produções de grande orçamento mas pouca qualidade. Preparem-se para ótimas 2h30 de ação, comédia, suspense e uma história de tirar o fôlego. 

Nota: 10/10

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