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Crítica - Linda de Morrer


As comédias nacionais são sempre umas incógnitas: tem aquelas que prestam (como A Partilha, Avassaladoras, Qualquer Gato Vira-Lata, Se Eu Fosse Você, Meu Passado Me Condena, Os Homens São de Marte...E é pra lá que eu vou e Minha Mãe é uma Peça), tem as que são apenas assistíveis (como Loucas pra Casar, Made in China, SOS Mulher ao Mar, De Pernas Pro Ar, O Homem do Futuro e Onde está A Felicidade) e aquelas que devemos evitar a qualquer modo (como Sorria, Você está sendo filmado, O Casamento de Gorete, Billi Pig, Cilada.com, Os Penetras, O Diário de Tati, Odeio O Dia dos Namorados e Totalmente Inocente, são algumas por citar). Porém quando juntamos um roteiro desenvolvido sob medida e feita especialmente para uma atriz, é impossível dar errado. Esse é o caso da mais nova comédia nacional: Linda de Morrer. 

 
A história do filme é a seguinte: Paula (Glória Pires) é uma famosa cirurgiã plástica, dona da Image Clínica e Laboratórios, que criou o Milagra, a primeira cura para a celulite. Prestes a lançar o remédio revolucionário, Paula sofre um estranho ataque de nervos, e acaba causando um acidente que a leva à morte. 

 
Seu espírito fica preso na Terra com a missão de impedir a venda do Milagra, pois Francis (Angelo Paes Lemes), seu sócio, visando dar um golpe milionário na empresa, havia trocado a matéria prima do produto por uma mais barata causando um enorme efeito colateral. 

 
O destino coloca no caminho de Paula um estabanado psicólogo, Dr. Daniel (Emilio Dantas), que herdou da avó o dom da mediunidade. Juntos, eles formam uma divertida, porém atrapalhada, parceria para impedir Francis de lucrar às custas da droga sabotada. 

 
O roteiro desenvolvido por Carolina Castro e Jô Abdu é leve, descontraído e possuí uma sacada muito boa. Os principais assuntos tratos no filme é a vaidade feminina que por várias vezes acaba cegando as mulheres para alcançar o tão famigerado padrão de beleza. 

 
Um outro assunto tratado também no filme é a questão do trabalho, até que ponto esquecemos de nossa vida particular para viver focada inteiramente no trabalho. A personagem vivida pela Glória Pires retrata bem isso, até que ponto devemos chegar entre a vida particular e o trabalho. Se atualmente Glória Pires é odiada pelo Brasil por conta de sua personagem na fracassada “Babilônia”, aqui ela nos entrega uma atuação divertida, sincera e que por vezes esquecemos a ótima veia cômica que a atriz possuí. Quem também se sai bem no filme é a veterana Susana Vieira, suas cenas são impagáveis. Os destaques ficam por conta das duas revelações, o ator Emilio Dantas, que até então só havia feito o papel de Cazuza no musical “Pro Dia Nascer Feliz” e o oportunista Pedro na atual novela das seis da Rede Globo, “Além do Tempo”, está a vontade como o psicólogo Daniel e também temos Antônia Morais, filha de Glória, que também está estreando nos cinemas. Apesar de ter um grande potencial a ser desenvolvido, a atriz ainda está um pouco crua diante das telas mas nada que ela não vá se aprimorando. 

 
Como citado logo no inicio da critica, esse é o tipo de filme que se encaixa no primeiro quesito, na lista das comédias que prestam e valem a pena pagar o ingresso para assistir. É tudo muito bem caprichado, bem fotografado, as localizações do Rio de Janeiro dão uma iluminação única para o filme. 

 
Podemos então dizer que Linda de Morrer é uma grata surpresa na safra brasileira e que vai te trazer uma hora e meia de muita diversão e um clima agradável dentro do cinema. 

Nota: 7.5/10
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