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Crítica - Corrente do Mal




Nos últimos anos o cinema de terror se apoiou em seguir uma mesma fórmula e acabou nos entregando filmes que acabavam se apoiando em apenas oferecer sustos baratos e previsíveis.  Sem nem mesmo criar uma atmosfera de medo ou terror, os diretores acabavam por seguir um padrão: o jump scares, porém acabavam falhando em todas as tentativas.


Porém meia volta somos surpreendidos por algum filme de terror que vale a pena conferir e esse é o caso do recente Corrente do Mal, filme que conquistou a crítica e o público americano. 


A premissa do filme é bem interessante e digamos que até mesmo inovadora: A jovem Jay (Maika Monroe) leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no lago. Após uma transa, o garoto com quem passou a noite explica que ele carregava no corpo uma força maligna, transmissível às pessoas apenas pelo sexo. Jay tem a decisão de carregar esta sina consigo, ou passá-la adiante. Enquanto isso, a jovem começa a ser perseguida por figuras estranhas que tentam matá-la, e que não podem ser vistas por mais ninguém. Jay enfrenta um dilema: como explicar o caso às pessoas ao redor, e como interromper esta corrente?


Com essa história, o diretor David Robert Mitchell cria uma atmosfera própria, onde o terror é aprofundado a cada momento e nos entrega algo bem próximo dos cultuados filmes da década de 70 e 80. Os elementos que consagraram aquele gênero se encontram novamente nesse aqui: O velho subúrbio, o grupo de adolescentes, a câmera voyeurística passeando pela vizinhança e a trilha-sonora (maravilhosa, por sinal) que contribui na criação do clima.

 
Sobre o horror do filme podemos dizer que ele é muito bem construído. A “grande ameaça” do filme é um ser que te persegue para sempre, não importa onde quer que você esteja, ela vai estar ali para te assombrar e te matar.  Porém aqui essa ameça só é vista diante dos olhos do amaldiçoado e é isso que deixa o filme mais apavorante. 

 
Se há um ponto para ser criticado é a maneira que Mitchell escolheu para a sua narrativa. O filme em si não tem um climax ou qualquer momento de adrenalina, apenas existem alguns momentos de variações que não acabam despertando o verdadeiro motivo para o espectador. Além de uma quebra de clima no segundo ato, que poderia ter sido muito melhor construído. 

 
O elenco do filme é praticamente desconhecido, porém os destaques merecidos vão para a atriz principal, a bela Maika Monroe e para o ator Keir Gilchrist.

 
Corrente do Mal é de longe um grande filme de terror perto do que estamos acostumados a assistir. Diante de uma onda de remakes e obras duvidosas, aqui o terror anda lado a lado e fará você ficar preso até o último momento do filme. Sem apelar para grandes sustos, Corrente do Mal pode ser considera uma obra-prima do terror dos últimos anos.

Nota: 8.5/10
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