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Crítica - Divã a 2








Se a intenção de “Divã a 2” era fazer com que o público pensasse que fosse uma sequencia direta do sucesso de 2009, erraram bem feio na divulgação. Ambos os filmes são bem diferentes um dos outros, enquanto o de 2009 parte da idéia de uma adaptação de um livro, esse aqui é apenas um roteiro a mais sobre relacionamentos e família.

 

Se a idéia de Divã a 2 foi vender o filme como um retrato da vida como ela é e assim possibilitando um interesse e uma boa identificação com seus personagens, o longa passou longe. Não querendo desmerecer a idéia, mas é que fica dificil ver aquela vida representada nos espectadores que vão assistir o filme e assim deixando a identificação proposta pelo longa não tão sólida como eles queriam.

 
A história de Divã a 2 é a seguinte: Eduarda e Marcos se casaram cedo e logo tiveram um filho. Dez anos de relacionamento depois, os dois decidem se separar e começam a viver a fase da vida que “perderam”, percebendo que conhecer pessoas novas e se relacionar é mais complicado do que imaginavam.

 

Um ponto a favor do filme é a sua narrativa, já que ela foge um pouco daquela narrativa padrão. Pois ela vai se alternando com momentos do casal fazendo terapia separados, o que se torna uma boa saída depois de uma reviravolta que temos na metade do filme. Mas eis que vem um dos maiores erros de filme, quando ele tenta aprofundar realmente os personagens, o que acabamos vendo é algo tão velho, clichê e cansativo que nem damos importancia. Vanessa Giácomo é uma médica focada no trabalho, que usa e abusa do assistente para resolver algumas tarefas pessoais e por aí vai os clichês. Enquanto que Rafael Infante, até tenta ser galã mas tá dificil, nem mesmo o seu lado cômico se salva aqui. O seu personagem é exatamente o que a personagem de Giácomo é, porém mudando os setores.

 

Outro ponto que deixa bastante a desejar é o desenvolvimento dos personagens secundários, eles parecem que estão ali apenas para fazerem uma aparição e mais nada. Em contrapartida, o único personagem em si que é bem desenvolvido é do Marcelo Serrado, que finalmente consegue se livra daquele estigma do mordomo Crô, fazendo-nos mergulhar um pouco mais afundo na trama. Já a personagem da Fernanda Paes Lemes é apenas mais um papel que a atriz já está habituada a fazer: o papel de melhor amiga da personagem principal.

 

Não são muitas tramas que são desenvolvidas ao longo do filme, porém as que são, acabam deixando a história parecer solta, cansativa e por vezes utilizadas apenas para fazer graça, só que as cenas de comédia não funcionam muito bem, não sei se pelo fato de Vanessa Giácomo não ter seu lado cômico tão aflorado ou se as situações são realmente constrangedoras. 

 

O resultado final disso tudo são algumas histórias boas, que não servem para muita coisa, dentro de uma grande história maior que não serve para muita coisa.

 

A direção preguiçosa acaba com todo o elenco que estava ali se esforçando para entregar um produto realmente bom. Porém o resultado é que Paulo Fontenelle pecou tentando fazer um longa simples, com jeito de independente e que provavelmente não será um grande sucesso.

Nota: 5/10
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