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[Oscar 2015] - Crítica: Birdman ou (a inesperada virtude da ignorância)


Ou simplesmente “The Michael Keaton’s Show” é um dos principais candidatos ao Oscar de 2015, e apesar de não ter a premissa mais original, ou a mais interessante, é carregada por um elenco que se elevou ao máximo, além de ser dotada de um tipo de humor pouco visto no cinema.

Contando a história de um ator falido (Keaton), que interpretava um super herói (Birdman) há mais de 20 anos e agora tenta se reerguer com uma peça na Broadway, enquanto lida com a dupla personalidade criada durante a época de Birdman, e com os delírios em que o mesmo se imagina levitando e controlando objetos com a força da mente.

Humor negro não seria a colocação correta, visto que o filme pouco se preocupa em fazer rir, exceto quando Edward Norton dá seu show à parte, mostrando a cara da loucura e do egocentrismo, a parte obscura do estrelato. Um humor mais leve tampouco, pois Keaton até mente ter sido abusado por seu pai quando criança apenas para enganar Norton em uma cena, que por sua vez tenta convencer Naomi Watts à fazer sexo com ele em plena apresentação, frente a centenas de pessoas. Pode se dizer que é um humor novo, um humor presente, mas que não fica a todo momento tentando lembrar que aquele é um filme de comédia.

Keaton interpreta três personagens, o ator de Birdman, Birdman e o personagem da peça, e ao lado de Norton, comanda o espetáculo, formando uma dupla tão boa quanto Matthew McConaughey e Jared Leto em 'Clube de Compras Dallas'. O que mais impressiona conforme a história se desenvolve é a mudança dos atores a cada fase nova dos ensaios para o show principal, que parece extrair o máximo de cada personagem. O fato da filmagem com takes únicos, em que não se vê muitas mudanças de cena, deixa tudo mais realístico, criando uma atmosfera que parece que estamos convivendo com os atores e experienciando cada evento do filme.


Completando o elenco, Emma Stone não brilhou tanto como em ‘O Espetacular Homem Aranha’ ou como em ‘The Help’, mas nada se via de suas ex personagens, tendo ela montado a sua muito bem para este filme. Naomi Watts tem pouco tempo em tela, mas não impressiona quando aparece, enquanto Andrea Riseborough mostra que merecia mais espaço. Destaque para Zach Galifianakis, que também com poucas cenas cumpriu seu papel, apesar de genérico. 

Birdman não conta com o melhor roteiro, nem mesmo com as cenas mais impressionantes, mas é um show de atuação e de direção, não fazendo exatamente rir, mas mostrando que nem sempre o choro ou a lamentação são as melhores escolhas. 

9/10
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