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Critica - Livre





Pode nem parecer mas já se passaram quase 10 anos que a atriz Reese Witherspoon levou para casa sua primeira estatueta do Oscar pelo drama musical biografico, Johnny & June. Em seu mais novo filme, a atriz resolve novamente apostar suas fichas em um personagem real e dessa vez a escolhida foi: Cheryl Strayed, uma mulher que resolveu fazer uma trilha de 4.200 Km, que incluia toda a costa oeste dos Estados Unidos, passando pela fronteira do México e indo até o Canadá, a trilha conhecida como “Pacific Crest Trail”, em busca de autoconhecimento e também uma maneira de deixar para trás uma vida de drogas e sexo promiscuo.

A história de “Livre” é baseado no livro “Livre – A Jornada de uma Mulher em Busca de Recomeço”, lançado em 2012 e que logo se tornou um dos livros mais vendidos do ano, ficando semanas no top da lista dos não-ficção da The New York Times, além de ter sido selecionado para o badalado Clube de Livro de Oprah Winfrey.

A direção ficou por conta do canadense Jean-Marc Vallée, o mesmo diretor do cultuadissimo “Clube de Compras Dallas” e o roteiro ficou por conta de Nick Hornby, escritor cultuado pelos livros Um Grande Garoto e Alta Fidelidade, além de ter sido o roteirista de Educação. Podendo ser definido como o “ Na Natureza Selvagem” feminino, Livre tem folego para suas duas horas de projeção. Tem belas imagens, uma edição descontinuada, uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente nos momentos, o som que se enquadra na medida certa para compor o elemento dramático, desde o mais tranquilo ruído da natureza até os momentos mais agonizantes do filme, são alguns destaques que fazem o roteiro fluir pele corredeira de emoções que é o filme.

Sentimos na pele os momentos que Cheryl vive, desde ser atacada por uma cobra, passando pelo frio, a fome, a falta d’água, o risco de ser estuprada, enfim são vários momentos que a gente fica naquela tensão de saber o que vai acontecer e além de estarmos na torcida que de tudo certo na jornada. O filme possuí alguns flashbacks que nos revelam o passado de Cheryl, onde aos poucos vai sendo revelado os motivos de sua jornada. Pode até ser que esse recurso seja batido, mas aqui ele é usado de uma forma tão fora de ordem, em uma maneira tão rica, que ninguém se importa. 

Livre é aquele tipo de filme que ao terminar saímos com a certeza que foi feita para aquela atriz. E aqui não é diferente, a alma do filme tem nome e sobrenome: Reese Witherspoon, está em seu melhor momento, em um nível tanto pessoal quanto profissional, a atriz desempenha o papel de uma maneira tão sincera, que é como se ela mesma fosse a personagem.

A atriz se entrega literalmente ao papel e sem nenhum pudor, deixando para trás seus papeis de menininha como no filme que o mundo a descobriu, “Legalmente Loira”, e nos entregando um trabalho impecável. 

O relato corajoso de Cheryl, resulta em um filme honesto, sincero e de deixar a gente pensando por algumas horas depois de sairmos da sala de cinema.

Livre merece todo esse destaque que está tendo, pois sem sobra de dúvidas é uma grande descoberta desse inicio de ano.

NOTA: 10/10
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