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Crítica - Caminhos da Floresta



A mais nova produção da Disney, Caminhos da Floresta, é uma adaptação de um musical de Stephen Sondhein e James Lapine, que retrata em uma visão moderna e crítica alguns contos famosos dos Irmãos Grimm. Aqui Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e João e O Pé de Feijão tem suas histórias interligadas a história principal.

Tendo estreado pela primeira vez na Broadway em 05 de novembro de 1987 e desde então tendo ganhado diversos prêmios e produzido em diversos países.

A história começa com um padeiro (James Corden, de Se Mesmo Nada der Certo) e sua esposa (Emily Blunt, de O Diabo Veste Prada) desejando ter um filho porém uma bruxa (Meryl Streep, de Álbum de Família e Dama de Ferro) revela que existe um encanto que precisa ser quebrado para que o jovem casal consiga o bebê. É assim que eles embarcam em uma aventura em busca de uma vaca branca como leite, um sapatinho dourado, uma capa vermelha e fios de cabelo amarelos como a espiga de milho.

Entrar nesse mundo de fantasia é extasiante e divertido. Os cenários, os figurinos, tudo se encaixa perfeitamente para desenhar uma atmosfera de magia e comédia, por algumas vezes temos uma pitada de drama também. A escolha para a direção é certeira, já que Marshall é bem-sucedido nas escolhas visuais, assim como na escolha do elenco principal.

A química entre Cordon e Blunt é tão perfeita, que acreditamos na história dos personagens, fora que ambos tem uma ótima química com o restante do elenco. Anna Kendrick está encantadora como Cinderella e nem de longe lembra aquela atriz que surgiu em “A Saga Crepúsculo”, as crianças Lilly Crawford e Daniel Huttlestone estão super afiadas como Chapeuzinho e João.

Já Meryl Streep não precisamos nem elogiar, já que a atriz nunca erra na hora de atuar e aqui ela nos entrega uma atuação tão leve e divertida, que nem parece ser aquela atriz de grande prestigio. Sob uma camada de maquiagem, a atriz dá uma personalidade única e cômica para a Bruxa, que intercala em ser uma hora vilã e em outras a voz da razão em meio aquele universo. Já a participação de Johnny Deep é quase que imperceptível, pois ele aparece bem rápido e temos a impressão que ele poderia ter sido mais aproveitado em algum outro papel.

O único destaque negativo do elenco principal é Chris Pine, que sempre que entra em cena sentimos o ator não muito a vontade com o papel e sua voz não foi feita para musicais. A sequência musical de “Agony” que era para ser dramática, certamente arrancará risadas da plateia devido ao tom exagerado de seu personagem e de seu companheiro de cena, o ator Billy Magnussen.

Já sendo de praxe em todos os contos de fadas que conhecemos, aqui também existem algumas mensagens e morais a serem passadas, tanto para os adultos quanto para as crianças. As canções são bem legais e como o filme é praticamente todo cantado, em momento algum temos a sensação que a música irá surgir “do nada”. Outro ponto positivo foi que não há as clássicas cenas de figurantes dançando atrás do elenco principal.

Rob Marshall soube escolher bem o melhor meio de adaptar alguns elementos que são comuns do teatro (a troca de atos), ou que ficam bem na peça mas que poderiam soar um tanto quanto estranho se fosse levados para o cinema.

A direção só derrapa em algumas cenas, onde por mais que elas seja cômicas, Marshall insiste em querer dar um tom mais dramático. Outro fato que pode gerar algumas estranhezas é o fato de que o diretor por mais que queira dar ao filme uma cara de um espetáculo visual, repleto de efeitos e câmeras que se movem sem parar, isso evita que algumas sequências se tornem mais intimistas.

O filme é recomendado somente para fãs de musicais, talvez, mas se você está querendo se aventurar nesse caminho, vá em frente e tenha 02h05 de puro divertimento.

Nota: 8.5/10
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