O novo Justin Bieber da música pop chegou com muito menos estouro, não lançou um álbum oficial ainda e não emplacou hits, porém a carreira de Austin pode tomar uma direção diferente. Bieber começou arrebatando corações das garotas, com sua voz fina e penteado característico, porém atraiu uma espécie de “ódio” do público masculino. Austin, por sua vez, começa a criar uma base mais ampla de fãs. Sua voz não é irritante, suas músicas não são chicletes e ele não se direciona apenas para um público. Bieber simplesmente pegou o genérico do genérico e colocou sob sua voz, o resultado tanto musical quanto público foi que sua carreira foi direcionada a um ponto em que se ele crescesse perderia fãs e que se continuasse o mesmo não ganharia novos. Austin, por não ser nem absurdamente amado ou odiado pode experimentar mais e se deixar crescer à seu próprio tempo e o que se vê em The Secret é alguém mais maduro que Bieber.
As raízes vêm muito de Usher, um R&B mais pesado com um toque eletrônico, combinados com uma voz que ainda está em formação, mas é mais constante e firme que a de Bieber. Apesar de não ter grandes músicas ou coisas a se destacar, ele ousou ao brincar com a voz em músicas como Hmm Yeah e Till I Find You. Infelizmente ele não saiu totalmente do genérico, e Can’t Fight This Love e All I Ever Need não sugerem muitas coisas além de seu título. Apesar de não se ter uma verdadeira base de quem é Austin Mahone nem musicalmente, nem pessoalmente, com a sua base fãs mais ampla e com maior possibilidade de mudança na carreira Austin pode ter algo mais estável, e não seria um absurdo dizer que, em um futuro de alguns anos, ele possa vir com algo realmente interessante, coisa que o Pop atual precisa.
Nota 2.5/3
Crítica por Marco Oliveira
