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Crítica - Purpose - Justin Bieber


Bieber está de volta depois de seu período de oscilações e polêmicas, e enquanto parece que sua personalidade não necessariamente mudou, sua música está (um pouco) melhor. O sentimento principal, no entanto, é de que este álbum não é exatamente dele.

A primeira coisa que deve ser comentada é a qualidade de Skrillex, um verdadeiro mago quando se trata de produção musical, e associado ao desconhecido BLOOD, já se foi metade do álbum de seu jeito. Não é como se Bieber tivesse evoluído musicalmente, mas como se ele estivesse cantando sobre batidas, samples e mixagens que não tem nada haver com ele, pelo menos até esse momento. 'Sorry' é tão vazia e fácil que qualquer pessoa poderia ter escrito (mesmo contando com cinco compositores (?)) e seu objetivo é mais do que claro. Não fosse pela produção assinada pela dupla seria uma música genérica e que não subiria nas paradas como continua fazendo.

A dupla também assina outras das duas faixas de destaque do álbum, 'I'll Show You' e 'Where Are U Now', que assim como 'Sorry', são inteligentes sonoramente, não em seus significados. O conteúdo lírico acaba sendo o segundo grande problema aqui, nada se conecta ou realmente tem haver com algo, o nome do álbum inclusive ficou confuso, e sua faixa homônima é um tanto esquecível. O grande problema fica por conta da já mencionada falta de identidade, pois fale como quiser, mas 'Love Yourself' é tão simples que já foi vista nas mãos de pelo menos 15 cantores diferentes, seguindo ela temos um pouco de Usher em 'Company', Justin Timberlake em 'No Pressure' e até um pouco de The Weeknd (em seus primeiros trabalhos) em 'No Sense'. Nada realmente Bieber, ou que possa ser Bieber a partir daqui. Coincidentemente, todas as faixas que realmente contribuem para a falta de identidade do álbum não possuem Skrillex ou BLOOD.

Dentre as participações, Halsey ajudou a tornar 'The Feeling', uma música um pouco mais interessante, enquanto Big Sean pouco contribuiu para a já mencionada 'No Pressure' (os dois não haviam brigado por conta da Ariana Grande?). É preciso comentar também a evocação de Michael Jackson em 'Children', sem dúvidas a faixa mais estranha e cortável do álbum, afinal Bieber não é conhecido por ser um exemplo ou ser bom para as pessoas em geral. Pelo lado bom, 'What Do You Mean' é um dos maiores hits do ano, e tem seu mérito, foi produzida por Bieber e tem sua melhor performance vocal em todo o disco e pode ser considerada facilmente uma das melhores faixas da carreira do cantor Canadense, com menções para a já comentada 'Where Are U Now'.

'Purpose' não é ruim, e conta com grandes destaques em sua produção. Ainda não é nada que fará as pessoas que não gostavam de Justin Bieber começarem a respeitá-lo, mas é ele um pouco mais perto de uma maturidade musical, ainda que o caminho que ele escolher trilhar ainda não esteja definido.

3.0/5.0

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