Quando “Maze Runner – Correr ou Morrer” estreou muita gente estava torcendo nariz para mais uma adaptação literária juvenil. Porém com o passar dos dias, o que vimos foi o surgimento de uma legião de fãs da saga e da série de livros aparecerem. O primeiro filme foi uma verdadeiro sucesso para a Fox que logo já havia encomendado sua adaptação completa.
Se no primeiro filme acompanhávamos a fuga de Thomas e seus amigos da Clareira e do Labirinto, nessa sequencia temos um outro olhar e uma outra foco: a história agora é sobre a jornada de Thomas e seus amigos em busca da verdade, em busca de seus passados e de quem realmente é CRUEL.
O filme começa exatamente de onde o primeiro acabou: Thomas (Dylan O’Brien) e os garotos que o acompanharam em sua fuga da Clareira precisam agora lidar com uma realidade bem diferente: a superfície da Terra foi queimada pelo sol e eles precisam lidar com criaturas disformes chamadas Cranks, que desejam devorá-los vivos.
Esta sequencia continua sendo dirigida pelo mesmo diretor do primeiro filme, Wes Ball e ele nos entregue um filme totalmente diferente do primeiro. Aqui o ritmo intenso é mantido desde o começo até o final do filme, mantendo o espectador preso e atento a tudo que acontece na tela.
Quem merece também destaque em função ao ritmo do filme é o roteirista T.S. Nowlin, que escreveu o roteiro do primeiro filme ao lado dos outros dois colaboradores: Noah Oppenheim e Grant Pierce Meyers.
Apesar de Nowlin e Ball serem novatos na indústria cinematográfica, eles conseguem realizar um trabalho impecável. Mesmo a história sendo um pouco diferente do livro, isso não atrapalha em momento algum, ela está coerente com a produção do primeiro filme e consegue deixar bons ganchos para o capítulo final da franquia, que tem estreia marcada para 2017. Diferente de muitas adaptações que estamos acostumados a encontrar, aqui tudo se encaixa perfeitamente bem .
Se no primeiro filme, boa parte do elenco ainda estava imaturo ou ainda engessado, aqui vemos um amadurecimento tanto em seus personagens quanto em seus atores. Dylan O’Brien, consegue mostrar porque é um dos nomes mais importantes dessa nova safra de atores, o jovem ator consegue separar muito bem o Thomas de seu outro personagem icônico, o Stiles da série Teen Wolf. É impossível imaginar um outro ator a dar vida a Thomas, porque Dylan nos entrega uma atuação tão marcante e tão forte, que acreditamos desde o começo que ele foi feito pra esse personagem. Kya Scodelario está mais forte e marcante nessa sequencia com sua personagem Teresa. Acompanhamos todas as dúvidas e dilemas da jovem e como suas decisões influenciaram na vida de todos ao seu redor. A química entre ela e O’Brien é única, em momento algum podemos ver que ambos estavam desconfortavel ou se perderam. O restante do elenco: Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee, Dexter Darden e Alexander Flores, também apresentam um amadurecimento de seus respectivos personagens; Newt, Minho, Flypan e Winston. O elenco adulto também merece seu destaque: Giancarlo Esposito, Patricia Clarkson, Ainda Gillen e a participação Lily Taylor só somam diante da atuação do elenco jovem.
Os cenários foram muito bem construídos, saímos da Clareira e entramos em um novo mundo: Um deserto pós-apocalíptico onde o perigo é muito maior. Os efeitos especiais são quase que mínimos, tanto que podemos notar nitidamente na construção dos cenários e da maquiagem. Um outro cuidado que a produção teve foi com as cenas de ação, as lutas são muito bem coreografadas e não fica aquela sensação de uma bagunça.
“Maze Runner – A Prova de Fogo” é muito maior tanto em sua duração (são duas horas e vinte minutos) como em sua história. Frenético, Épico e intenso, assim podemos dizer que é esta sequencia. Agora só em 2017 para sabermos como esta história vai terminar mas se seguir este ritmo, teremos um final muito mais épico que muitas adaptações.
Nota: 10/10