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Crítica - Quarteto Fantástico (2015)

 

Quando a primeira adaptação de Quarteto Fantástico foi lançado nos cinemas lá em 2005 todo mundo criticou o tom que deram a produção, mas mesmo com tantas criticas negativas o filme conseguiu ter uma boa bilheteria. Um dos principais motivos destas críticas foi o tom que escolheram para contar as aventuras do grupo. Mesmo assim, uma sequencia foi planejada, porém diferente do primeiro, esse não fez todo o sucesso e teve uma recepção igualmente ruim. 


A Fox decidiu engavetar por um tempo um novo filme do grupo de super-heróis e passados oito anos da estreia do segundo filme do Quarteto, eis que chega um dos mais polêmicos e emblemáticos reboots do ano. 


Sai o elenco formado pelos astros Chris Evans, Jessica Alba, Ioan Gruffud , Michael Chiklies e Julian McMahon para dar entrada a Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan, Jamie Bell e Toby Kebell nesse novo recomeço para a franquia de Quarteto Fantástico. 

 
A direção de Josh Trank acaba nos entregando um trabalho um tanto quanto duvidoso e desapontador. Mesmo que o diretor tenha tido esse reconhecimento com seu primeiro filme, não há como saber se a Fox deveria ter apostado tanto nele do que num diretor mais capacitado para dirigir o novo filme da franquia. 


A história é basicamente a mesma do filme de 2005, porém com algumas alterações. Reed Richards/Sr. Fantástico (Miles Teller) um prodígio da ciência inventa com o apoio do seu amigo de infância Ben Grimm/Coisa (Jamie Bell), o teletransporte para um universo alternativo que posteriormente os irá transformar fisicamente, a eles e a mais três amigos Sue Storm/Mulher Invisível (Kate Mara), Johnny Storm/Tocha Humana (Michael B. Jordan) e Victor Von Doom/Dr. Doom (Toby Kebbell), que através de radiações cósmicas, ganham habilidades nunca antes vistas. Como se poderia esperar, um deles acaba por se tornar um perigoso inimigo, e em equipe deverão unir os ser poderes para salvar a Terra das ideias maléficas de Dr. Doom. 


Tank nos proporciona alguns olhares novos nessa história, a começar pelo fato de Reed e Ben serem primeiramente apresentados como crianças e assim descobrimos um pouco como surgiu a amizade entre os dois e como eles desenvolveram o projeto de física quântica. O primeiro problema do longa está na maneira que é mostrado o nascimento dos heróis, quando eles ganham os seus poderes. Não há como assistir aquele momento e engolir o que está sendo apresentado em tela, apesar de ter sido criticado também, a forma como foi apresentado no reboot é pior do que no primeiro filme. 

 
Um dos maiores problemas do filme encontra-se no terceiro ato, onde ele simplesmente esquece de desenvolver a história e passar a correr contra o tempo para nos entregar alguma cena de ação. Infelizmente, esse terceiro ato é de longe a parte mais desastrosa, porque há uma quebra brusca de clima, se antes acompanhávamos apenas eles com os poderes e se desenvolvendo melhor, na cena seguinte já temos o embate final. 


Sobre o elenco podemos dizer que Miles Teller e a Kate Mara são os que estão mais a vontade com seus personagens, enquanto que o Michael B. Jordan e Toby Kebbell deixam a desejar em seus respectivos papeis. O Tocha de Jordan é pouco carismático e não consegue em momento algum entrar em harmonia com o restante do elenco enquanto que Kebbell, que era pra ser o grande vilão do filme acaba passando despercebido pelo simples fato dele só ser revelado perto do final. Podemos dizer que esse Victor Doom é de longe o pior vilão de todos os tempos nas histórias de super-herói. 

 
Sem grandes batalhas, o filme precisaria de um conteúdo mais consistente no campo da ficção científica, mas teorias fictícias plausíveis nem sequer são esboçadas. Há uma pequena crítica sobre o comportamento predatório dos seres humanos, que daria origem às motivações do vilão, mas isso já havia sido explorado com X-Men e Vingadores. Os efeitos especiais, inclusive, são artificiais demais. O fogo, por exemplo, não parece ter calor e as explosões de energia não disfarçam a computação gráfica. 


Quarteto Fantástico é como “Homem de Ferro 3”, muito barulho para pouca coisa apresentada em tela. Porém aqui a coisa fica mais séria, porque são 100min arrastados entre diálogos dramáticos sobre a importância da amizade, do companheirismo e da confiança, em um longa onde a ação apresentada era muito mais divertida nos trailers do que em tela. 


Infelizmente Quarteto Fantástico tinha tudo para consertar os erros do passado mas acabou errando miseravelmente de novo. 


O novo Quarteto Fantástico deixa para trás o tom colorido e traz o lado mais sombrio e dramático porém não consegue se elevar a uma marca de sucesso na indústria cinematográfica. É aquele filme que depois de sair da sala do cinema, em poucas horas você já vai ter esquecido dele e de seus personagens. 

Nota: 5.0/10
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