Good For You - Selena Gomez
Começar uma lista de melhores músicas com Selena Gomez parece uma piada, mas a nova música da cantora é surpreendentemente boa. Um tanto submissa demais para os grandes nomes da música Pop e R&B feminina, mas encaixou perfeitamente bem para Selena, sendo isso um elogio ou não.
Want To Want Me - Jason Derulo
Muito tem se falado em como essa música
relembra o começo de carreira solo de Michael Jackson, e como Derulo tem um
futuro promissor pela frente. Não que a quantidade de talento seja a mesma, sem
mencionar que Michael nunca foi vulgar (vide o clipe acima), o que contribuiu para sua aceitação universal, mas essa é
a melhor coisa que ele nos entregou até aqui, e nem parece o mesmo cantor que
falava em “planetas” em 2014. Não é Michael Jackson, mas não deixa de ser bom.
All That - Carly Rae Japsen
Provavelmente todos tinham certeza de que ‘Call
Me Maybe’ foi um tiro de sorte de Japsen, inclusive este que vos fala, e de
certa forma estávamos certos. Suas novas músicas não tem feito nada perto do
sucesso do hit de 2012, o que não significa que não estejam melhores. ‘All
That’ é algo bem próximo da versão feminina dos melhores trabalhos de Usher, e
isso quer dizer alguma coisa. Destaque para a composição simplista,
impulsionada pelos vocais e uma produção clichê, mas apelativa. Um single
simples e comum, mas ainda sim imprevisível e de qualidade..
Here - Alessia Cara
Caso tivesse todo o sucesso, ‘Here’ seria o mesmo que ‘Royals. Uma cantora jovem, sendo contra um padrão da sociedade com uma música introspectiva, com uma pintada de soul e apoiada principalmente pelos vocais e pela melodia fácil, com a única diferença sendo a simplicidade da letra. Alessia Cara é extremamente jovem e é pouco conhecida no mainstream, mas ‘Here’ é um presente para os amantes de música, uma canção com letras tão simples, mas tão profundas e proeminentes. Uma garota que diferente da maioria dos jovens não se encaixa em uma festa, e não sabe o que faz lá. Algo de genial.
Style - Taylor Swift
Você sabe que 2015 é um ano muito melhor para a
música do que seu antecessor quando ‘Style’ é a décima primeira colocada na
lista do primeiro semestre. Taylor Swift venceria fácil qualquer votação para
decidir o artista mais importante de 2015, e apesar de ‘Style’ não estar no
mesmo nível dos dois primeiros singles (‘Blank Space’ e ‘Shake it Off’), ainda
é Pop de primeira. Destaque para a produção baseada nos anos 80 e para as
metáforas. Apenas mais um sinal da maturidade musical de Taylor.
Feelin Myself - Nicki Minaj feat. Beyoncé
A importância dessa canção para o feminismo é algo notável. Poucos anos atrás a possibilidade de ter uma Rapper e uma cantora de R&B fazendo uma canção em que o principal assunto é como elas se gabam de si mesmas era quase nula. Agora vemos a cantora mais popular dos últimos anos fazendo duas palavras tomarem uma importância incrível com ‘Carry On’ e a, sim, Rainha do Rap atual, entregando seu trabalho mais musicalmente maduro, com letras consistentes, rimas bem encaixadas, sem falhas e uma produção de primeira. A continuação de ‘Flawless’ pode não ter o mesmo brilho, mas continua sem erros. Sem esquecer é claro, de que a forma que Nicki Minaj fala “Laserrrrr” soa incrivelmente legal.
All Day - Kanye West
Falem mal o quanto quiserem, quando ‘All Day’
toca, seja aonde for, as pessoas ao redor ficarão contagiadas. Pode não ser
‘Niggas In Paris’, também por que para se equiparar a melhor música de Rap da
década se necessita de dois dos maiores nomes do gênero. Aqui só temos um, mas
ele não decepciona, afinal, foram poucas, não, Kanye West nunca decepcionou. Não importa se 15 pessoas escreveram, ‘All Day’ pode muito
bem ser um novo hino para a comunidade do Hip-Hop. Se ainda tiver dúvidas, assista ao vídeo acima.
Can’t Feel My Face - The Weeknd
Um single que mais parece saído de ‘Off The Wall’ e com uma similaridade incrível com ‘Wanna be Starting Something’. The Weeknd pode muito bem ser o maior talento na música Pop desde que Michael Jackson começou a conquistar o mundo. Nem mesmo as carreiras de Justin Timberlake e Usher, ou a do já mencionado aqui, Jason Derulo, começaram com tanta qualidade imposta. Devido à facilidade da canção com sua produção retro, e por conta de seu refrão infeccioso, ‘Can’t Feel My Face’ pode muito bem ditar o ritmo do verão americano, o que seria ótimo sendo que o último single a fazer isso foi ‘Fancy’.
I know there’s Gonna be - Jamie XX feat. Young Thug, Popcaan
Provavelmente quase ninguém no
Brasil ouviu o novo álbum de Jamie XX, o que é uma pena. ‘I Know…’ é apenas o
ponto alto do novo trabalho do produtor que deve ser altamente requisitado nos próximos
anos. Um trabalho com uma sonora que pode muito bem remeter ao começo dos anos
70, e continuar futurista em 2070. Destaque para os incríveis vocais jamaicanos de Popcaan.
Know Yourself - Drake
Ainda estamos na espera de ‘Views From The 6’ e ‘If You’re Reading This It’s Too Late’ foi apenas mais um agravante para a ansiedade da espera. Drake não é o maior nome do Rap, título que pertence ao próximo na lista, mas cada vez mais ele mostra que tem talento e inteligência para conduzir sua carreira para isso. ‘Know Yourself’, apesar de não ter sido oficialmente lançada, é uma música com sua marca registrada, uma produção fluída, vocais abatidos, e uma letra que foca menos nas palavras e mais em o que elas representam. Drake achou seu ritmo e está muito próximo do auge.
King Kunta - Kendrick Lamar
Kendrick Lamar já era considerado o melhor
Rapper puro vivo desde que seu segundo álbum dominou 2012 criticamente, mas foi
em 2015 que pudemos experimentar seu verdadeiro talento. ‘To Pimp a Butterfly’
é, de longe, o melhor lançamento do ano, e ‘King Kunta’ é um ótimo exemplo
disso. Nunca um Rapper conseguiu colocar uma vibe Funk tão animada em uma música de Rap com letras tão carregadas. É Hip-Hop puro, mas é de certa forma inédito.
FourFiveSeconds - Rihanna feat. Kanye West, Paul McCartney
‘FourFiveSeconds’ é uma das músicas mais improváveis lançadas na história recente. Rihanna e Kanye West contrariam todas as suas parcerias anteriores e lançam um hino de despreocupação, com um sentimento puro de redenção. A produção simplista e a genialidade de Sir Paul McCartney só poderiam ser melhores usadas caso o mesmo também tivesse alguns versos na canção. Mas, talvez assim, ela não fosse tão imprevisível. Apenas mais um motivo para aguardarmos ‘R8’ e ‘SWISH’ com a melhor das expectativas.
Pedestrian at Best - Courtney Barnett
A música menos mainstream nesta lista é
a melhor música de Rock lançada no ano. Se isso ainda quer dizer alguma coisa?
Tirem suas próprias conclusões.
The Blacker The Berry - Kendrick Lamar
A importância do novo trabalho de Lamar é enorme. O Rapper evoluiu de falar de sua comunidade em Compton, para abordar a América como tema. Um álbum histórica, racial, política e emocionalmente carregado, sobre sair de casa, voltar, e não saber qual caminho seguir, escrito e produzido de tal forma que todas as canções poderiam estar em qualquer lista. Um álbum em que ele pegou todos os seus antigos temas e tirou o melhor de todos eles, como o título do disco quer dizer, em que ele aprofundou em questões nunca antes tocadas para um artista. ‘The Blacker The Berry’ é apenas o auge disso, é Kendrick elevando a história dos negros para algo próximo da arte, é a representação da raiva presente em sua cabeça, da preocupação dele com todos seus iguais, da dor em admitir que ser negro ainda significa ser prejudicado. Todos deveriam tomar ‘To Pimp a Butterfly’ como estudo, e ouvir, de pé, ‘The Blacker The Berry’, para sentir a vergonha, a dor, o pânico na cabeça das sociedades que mais sofrem no mundo todo.
The Hills - The Weeknd
Tanto talento e tanta vibe em uma canção não
eram vistos desde que Michael Jackson estava no auge. A linha de baixo é
próxima daquela época, com um clímax que chega quando a assombração termina e a
paranóia toma conta. Essa canção é incrível, e pode muito bem ser a canção que estávamos
esperando de The Weeknd. Ele fez vários trabalhos bons, cativantes e que
provocam o sentimento, com boa construção e criatividade, mas é aqui que ele eleva
seus temas sexuais ao nível mais alto, quando ele os aplica à uma narrativa
perturbadora, e usa do mesmo sentimento na sonoridade incrivelmente bem
trabalhada. ‘The Hills’ é simplesmente o ponto alto, e talvez demore um pouco
para que reconheçam que aqui, vimos o que ele pode realmente fazer.
