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Crítica - Uma Longa Jornada




Todo mundo sabe que Nicholas Sparks é um dos mais famosos escritores da atualidade e um dos autores mais vendidos ao redor do mundo. Os dois primeiros filmes adaptados da obra de Sparks, não chegaram a ser um sucesso imediato, Uma Carta de Amor não é lembrado por muitos enquanto que Um Amor para Recordar, se tornou clássico da sessão da tarde e ganhou fama mesmo depois de algum tempo. Porém o sucesso do autor nos cinemas, chegou em 2004 com a adaptação de “Diário de uma Paixão”, que se transformou em um clássico e arrancou lágrimas de plateias do mundo inteiro. De lá pra cá, Sparks é um dos autores mais adaptados para o cinema, ao todo foram mais de onze obras adaptadas para as telas de cinema. Eis então que chegamos a sua mais nova obra, “ Uma Longa Jornada”, filme dirigido por George Tillman Jr.  e roteirizado por Craig Bolotin.
O filme conta a história de Sophia Danko (vivida pela atriz Britt Robinson, que estrela a mais nova ficção dos estúdios Disney, Tomorrowland), uma estudante de arte e Luke Collins (Scott Eastwood, filho do ator Clint Eastwood e astro dos filmes Invictus e Curvas da Vida), um peão de rodeio profissional. Depois de um primeiro encontro quase que perfeito, o casal encontra, vítima de um acidente de carro, Ira Levinson (Alan Alda, astro de grandes séries como M*A*S*H e O Aviador, no qual concorreu como melhor ator coadjuvante), um senhor que entre outras coisas, coleciona as cartas que escrevia para sua já falecida esposa.
 
Após levar a caixa para Ira, Sophia se oferece para fazer companhia e ler suas cartas, assim criando um envolvimento quase que paternal com ele. Mas ao conhecer aquela história, a jovem percebe que existem várias semelhanças entre a história de Ira e a sua própria história com Luke, que está apenas começando. Em meio a tudo isso, Luke, tenta retomar sua carreira no rodeio, após sofrer um grave acidente que quase lhe custou a vida.
 
Um dos maiores acertos do longa é que acompanhamos as histórias paralelamente e o ritmo não deixa o filme parado ou muito menos confuso. Outro ponto positivo é que as cartas que Ira escreveu não são usadas para traçar paralelos óbvios sobre o que está acontecendo com Sophia e Luke. A química de Sophia e Luke funciona muito bem e sentimos realmente o que os personagens estão passando.
 Porém o que fica a desejar são as atuações de Scott Eastwood, que infelizmente não consegue retratar todo aquele conflito interno que seu personagem está passando e mesmo que Britt Robinson, se saia melhor que Scott, ela ainda assim peca em algumas cenas dramáticas de sua personagem. Mas nada disso chega de fato a atrapalhar o filme, já que ele é sustentado por um roteiro consistente e diálogos ótimos, além de personagens carismáticos. Algumas situações são extremamente bem construídas, como a relação entre Luke e sua mãe (a atriz Lolita Davidovich), o primeiro encontro do casal e a relação entre Ira e Sophia. 
 A trama paralela a história de Sophia e Luke, que nos mostra a história de Ira e Ruth (vividos pelos jovens atores Oona Chaplin e Jack Huston), reservam os momentos mais dramáticos do filme e também são deles algumas das melhores partes. 
 
Sem sombra de dúvidas é que os antagonistas da história acabam roubando as cenas dos protagonistas. Alan Alda está natural e fazendo aquilo que sabe fazer de melhor, enquanto que Jack Huston, nos entrega um trabalho impecável em quase todas as suas cenas.
 
Só que não tem como negar isso, que quem realmente rouba a cena do filme inteiro, é a atriz Ooana Chaplin, que a cada cena nos entrega uma personagem complexa cheia de mágoas, dores e mesmo assim, entrega também um grande amor por Ira e pela arte.
 
“Uma Longa Jornada” consegue esquecer a fraca adaptação de O Melhor de Mim e se iguala ao nível das outras adaptações do autor lançadas no passado. Além de evitar o drama fácil e exagerado, nos entrega também um desfecho otimista e uma bela lição de vida.

Nota: 8.0/10
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