O segundo filme dirigido pela estrela Angelina Jolie, “
Invencível”, é nada mais que um filme sobre superação. Se o nome apenas da a
ideia de superação, os cartazes e a sinopse acabam entregando de bandeja a
história de “sobrevivência, persistência e redenção” que você estará disposto a
assistir. O segundo filme dirigido por Jolie, mostra que a atriz pode vir a ser
uma grande diretora no futuro, porém ela precisa rever alguns erros gritantes
que cometidos em “Invencível”.
A 2ª Guerra Mundial é um tema explorado com certa exaustão
pela indústria cinematográfica. Mesmo tendo passados 70 anos, podemos dizer que
todos os lados deste fato histórico já foram transformados em filmes: os
perdedores, os dos vencedores, histórias fictícias e histórias sobre um
personagem especifico, geralmente do gênero biográfico.
O roteiro aqui tem como base o livro homônimo
de Laura Hillenbraund, no qual é narrado a história do ex-atleta Louis
Zamperini (Jack O’Connell) durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto fazia
parte do exercito americano, passou dias preso em um bote em meio ao mar e foi
feito prisioneiro pelo exercito japonês.
Com uma história dessa, como não vamos se afeiçoar pelo protagonista. A
história possuída por tons heroicos possui também elementos dramáticos
certeiros para fazerem os espectadores torcerem pelo personagem que permanece
integro e inabalável perante as maiores adversidades. Nada de novo que o cinema – ou até mesmo
séries – já não tenha mostrado, mas Jolie não parece muito preocupada em fazer
algo inédito. O que o filme realmente quer é tentar fazer o público se
emocionar a maior parte do tempo em que estiverem dentro da sala de cinema.
E nisso Jolie acerta pois aposta em planos fechados que focam
o rosto dos atores, uma trilha sonora que evoca um estado de superação e grande
emoção, ocorrendo praticamente o tempo todo. O tom melodramático que o filme
vai tomando acaba deixando a produção cada vez mais arrastada.
Não estamos dizendo que a diretora aqui está errando, já que
as cenas todas são bem fotografadas e se misturam perfeitamente com a direção
de arte, o elenco escalado, aqui composto por O’Connell, Domhall Gleeson e
Garret Hedlund, são um dos pontos mais positivos do filme. Porém é como dito
acima, o tom dramático adotado para o filme acaba cansando o espectador e não
dando nenhuma identidade para o longa.
“Invencível” possuí qualidade, porém o que falta nele é
personalidade própria. O público vai gostar da história e poderá até se
emocionar, mas não será o tipo de filme que marcará eles e deixará boas
recordações após a saída do cinema.
Nota: 7.0/10
Nota: 7.0/10