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SuperComparação - Saga Millenium nos Cinemas: Versão Sueca vs. Versão Americana


                  Vs.


A trilogia 'Millenium', do escritor sueco Stieg Larsson, vendeu em torno de 75 milhões de cópias no mundo inteiro, e ganhou adaptações cinemáticas tanto na Suécia como nos Estados Unidos. Larsson, no entanto, morreu pouco após entregar a editora sua obra, e não a viu receber o reconhecimento que merecia. Será discutido aqui qual filme melhor apresentou a obra do escritor, jornalista, e ativista sueco ao cinema.

Não se pode começar a falar sobre os filme sem mencionar Lisbeth Salander. A personagem é o centro da história e agradou tanto à críticos como a fãs. Lisbeth é uma garota problemática, que sofreu abusos sua vida inteira e aprendeu a se defender com base na violência. Sua aparência, cheia de piercings e com cabelo espetado, chama atenção em ambos os filmes, e tanto Rooney Maara (versão americana) quanto Noomi Rapace (sueca) estão bem caricaturadas. Quando se fala em atuação, no entanto, Rooney consegue passar melhor a frieza da personagem, e parece nunca estar surpresa com nada que acontece, diferentemente de Noomi, que faz uma interpretação mais cheia de emoção, coisa que quando Lisbeth demonstra nos livros, está misturada a uma clara dúvida e confusão, também muito bem retratadas por Maara. 

Maara à esquerda, Rapace à direita

Mikael Blomkvist é o segundo centro da história, e o detetive também ficou melhor apresentado na versão americana. Dotado de um senso de justiça maior do que aquele que o personagem demonstrou no livro, a versão de Michael Nyqvist (sueca) ficou inferior a de Daniel Craig (americana). Daniel não mostrou nada do 007 no filme, por exemplo, e deu vida ao melhor Blomkvist como se seria possível, suas expressões incrédulas ao se deparar com as atitudes de Lisbeth e o jeito galã de Craig se relacionaram muito melhor com o personagem. 

Michael à esquerda, Craig à direita

Quando se trata de fidelidade, no entanto, a versão sueca ganha por mostrar o verdadeiro paradeiro de Harriet, morando na Áustralia, enquanto na versão americana, para encurtar a história, a mesma está em Londres, onde sua irmã deveria estar. É uma diferença quase ínfima e não muda rumos da história, no entanto não pode passar despercebida. 

Em relação ao cenário e adaptação, ambos os filmes apresentam bem o entorno dos acontecimentos principais, e os personagens secundários hora são melhores na versão sueca, do diretor Niels Arden Oplev, como o segundo tutor de Lisbeth, Nils Bjurman, hora são melhores na versão americana, do conhecido e aclamado David Fincher, como as representações da família Vanger. A parte final do filme, no entanto, pende novamente para o lado americano, quando todo o processo desenvolvido por Lisbeth, no intuito de roubar dinheiro do empresário que havia derrubado a carreira de Mikael, fora mostrado de forma magistral, com Maara interpolando muito bem entre ambas as personalidades. Destaque para a cena final, quando ela pretende entregar o presente a Mikael, e termina o jogando na lixeira, esquecida na adaptação sueca.


Em um apanhado geral a versão americana seria um 9, enquanto a versão sueca sofreria para bater na casa dos 8. As melhores atuações e a melhor produção e edição de sons e imagens tornam a adaptação americana uma experiência mais intensa, em que os personagens principais são marcantes e difíceis de se esquecer. Ambos os filmes são legados importantes para a obra de Larsson, no entanto o filme dirigido por Fincher e liderado por Maara se encaixa perfeitamente no impacto que o livro procura mostrar. 

A adaptação americana, que contou com o nome 'Millenium - Os homens que não amavam as mulheres' ainda recebeu um Oscar de melhor edição e Maara foi indicada a estatueta de melhor atriz por sua interpretação. Além de conseguir o dobro nas bilheterias em comparação a adaptação sueca que chegou a casa dos 100 milhões, atingindo a marca de 232 milhões nos cinemas mundiais. De acordo com Fincher, os roteiros das sequências estão sendo escritos, enquanto a versão sueca já possui suas duas sequências.

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